Iberê Camargo
Arte #dubrasil
em 6 de abril de 2020
Do município de Restinga Seca, Rio Grande do Sul, para o mundo, o pintor, gravurista e professor Iberê Bassani de Camargo, nasceu em 18 de novembro de 1914.
Pincelando Iberê Camargo
Estudou pintura na Escola de Artes e Ofícios, em Santa Maria, RS, e em Porto Alegre, RS, fez o curso técnico de arquitetura no Instituto de Belas Artes. Em 1942 foi morar no Rio de Janeiro para estudar na Enba – Escola Nacional de Belas Artes, porém não gostou dos métodos aplicados e, logo em seguida, fundou o Grupo Guignard, junto a outros artistas.

Podemos identificar nos trabalhos do artista uma variação que reflete cada momento vivido: nos anos 40 temos obras que retratam a paisagem urbana; na segunda metade dos anos 50, mais precisamente a partir de 58, os temas retratados são os ambientes de estúdio, e nota-se também um escurecimento da paleta de cores. É nesse período que nasce a série Carretéis. Nos anos 80, as obras de Iberê Camargo tornam-se mais pesadas, solitárias, pois retratam o período em que o artista se envolve numa briga que acaba em assassinato.

Um dos temas mais recorrentes na obra do artista, desde a década de 50 até o final de sua vida.
Segundo o crítico Ronaldo Brito, “as últimas telas de Iberê Camargo assustam e encantam ao mesmo tempo. Assustam pela sobriedade terrível com que põe em evidência o drama do sujeito moderno, aparentemente no estágio final de dissolução; encantam pela qualidade da matéria pictórica que resistiria, paradoxalmente, a todas as violências e degradações”.
BRITO, Ronaldo. O eterno inquieto. In: ______. Iberê Camargo. São Paulo: DBA Artes Gráficas, 1994. p. 17.

Primeiro auto-retrato do pintor onde percebem-se referências da época em que estudou no grupo Guignard.
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Primeira edificação do arquiteto português Álvaro Siza no Brasil

O pintor Iberê Camargo se envolveu numa briga de rua que acabou em assassinato. Após esse episódio as obras do pintor ficaram mais soturnas.

“Acho que toda grande obra tem raízes no sofrimento. A minha nasce na dor” – Iberê Camargo

Um artista à frente de seu tempo: Iberê Camargo percebeu nas bicicletas uma forma de análise e percepção do tempo humano